quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Moralidade

  Orçamento do Município de Olhão para 2025 com valor superior em cerca de 10  milhões - Sul Informação

 

 Ele há coisas que nem com manual de instruções chegamos lá.

Em comunicado camarário, vem o presidente do executivo olhanense revogar as atribuições de pelouro a dois vereadores por ambos estarem envolvidos num movimento cívico tendo em vista as próximas eleições autárquicas. 

 Ora esta atitude, vinda de um presidente que desde há largos meses leva a cabo uma campanha pré eleitoral para um município vizinho e continua em funções, não só é incompreensível como extraordinariamente absurda. 

Como presidente de câmara em final de mandato e não podendo concorrer, teria restado ao presidente a atitude de se ter demitido e não delegar todas as funções no seu vice presidente. Isso sim, teria sido correto e à prova de qualquer crítica.  

Acresce dizer que na reunião da assembleia municipal de 19 de agosto, 21h30m, essa informação não teria sido dada quando pedida por um membro,  remetendo-se a mesma para o dia seguinte, dia 20, data da reunião do executivo camarário. Mas o comunicado publicado nas redes sociais tem data de 19. Ora bem, mais parece uma partida de futebol onde se driblou para canto. Falta de transparência até com a própria assembleia municipal. Um ocultismo esotérico difícil de entender.

Nada na legislação em vigor coarta as aspirações dos políticos, mas a Ética tem que marcar vincadamente a sua presença, e ao que se sabe, as duas pessoas em questão seguiram os procedimentos administrativos legais.

A compor o ramalhete partidário ouvem-se vozes do além (não desse, mas geográfico) numa verborreia de mata e esfola, esquecidas que foram outras circunstâncias de preterimento e rejeição, tornando os factos ainda mais absurdos e inacreditáveis.  

A conclusão a que se chega para se perceber a situação só poderá ser uma : 50 anos de governação autárquica da mesma cor faz com que não se deixe ninguém mijar fora do penico, impedindo a mudança e a opção de escolha na perspectiva dos eleitores.

Eu, como eleitor na nossa cidade e sem cor política, repudio vibrantemente tais comportamentos autoritários reveladores dum polvo político que tudo domina e destrói.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Desgarrada

 Como gosto de estar à altura dos acontecimentos e isto já está ao rubro, aqui deixo o meu contributo para a desgarrada que vai na nossa terra. Afinem as gargantas, deslarguem o ombro dos tocadores e concentrem-se no Fado Pierrot do grande Marceneiro:

 

Quem havia de dizer, ó gabirú!

Encontraste quem te deu troco à altura.

"Mas que mais posso dizer? - perguntas tu

"-Para dar troco inda maior à criatura?"

 

Quem tem telhados de vidro, diz o Povo

Não pode atirar pedras ao vizinho.

Vasculhaste bem a fundo algo de novo

Mas esqueceste de olhar pró teu caminho.

 

O Poder, aí o Poder que a todos trama

Torna o Homem num ser quase irracional

Mas não esqueças que quem faz a boa cama

É pra se deitar nela no final. 

 

  

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Letra e Música

 Guitarra - A VIOLA E A GUITARRA (...) | Primeiro e segundo períodos | ( p.  96, 97 ) «Pelos manuscritos e impressos musicais que chegaram até nós,  sabemos que o LUNDUM

 No seguimento do post anterior, quero deixar aqui registado, para memória futura, algumas das preciosidades lidas nestas últimas semanas, que não desmerecem das melhores desgarradas já produzidas. Podem cantá-las no Fado Menor, mas também serve no Corrido. Os autores não sei quem são porque ocultados atrás de perfis falsos. Também não interessa. O que não falta são pseudónimos.

Mote 

"Sim, as pessoas podem mudar de ideias, ou os próprios partidos mudarem e as pessoas deixarem de se rever neles. O que este post se refere não é a isso. É a um escroque oportunista que se fez militante de um partido à procura de protagonismo e poder. Este post é sobre um interesseiro a quem o partido de que se fez militante lhe deu tudo, contra a minha opinião, e que quando quis ser candidato à Câmara se submeteu a eleições internas onde foi esmagado eleitoralmente por ser demasiado mau para o que queria. Este post refere-se a um canalha que não tendo tido o que queria se prepara para lançar uma candidatura independente, tendo ficado até ao fim a usar um cargo político a que teve acesso por estar num partido do qual só sairá no último minuto."

Rabecada 

"I
Chamas-lhe vira-casacas, ó douto sabichão,
Mas mudar de partido não foi o que ele fez;
Foi erguer-se sozinho, contra o próprio freguês,
Com coluna erguida, firme no coração.
Tu, que dizes contestar com voz e mão,
Guardas sempre o prato e o vinho sobre a mesa;
Nunca mordes a mão, receando a aspereza,
Daqueles que te alimentam a profissão.
Tens no peito a marca do rito humilhante,
Vendido por migalhas ao templo brilhante,
Onde um aperto vale mais que um ideal.
E vens julgar quem não dobrou o espinhaço,
Quando tu, por um tacho, até vendes o abraço,
Chamando-lhe traidor por ser leal.
II
Tu, que te dizes livre, és servo à cartilha,
Com um alibi gasto de fingir discordar;
Nunca tens a coragem de te levantar
Contra quem te segura na mesma quadrilha.
E vens falar de coluna… Que armadilha!
O homem que enfrentou o clã sem recuar,
Que não se vendeu, que soube recusar,
É para ti canalha, sem fibra nem bilha.
Enquanto tu, sentado no tacho europeu,
Nunca foste a votos, mas o bolso encheu,
E apontas o dedo a quem se fez valer.
Mas cala-te quando é do construtor que falamos,
E da sociedade com quem gere os planos,
No urbanismo que devia defender.
III
O burro, dizes, está agarrado ao lugar,
Como se isso fosse crime ou vil proveito;
Esqueces que o presidente faz o mesmo feito,
Enquanto, noutro concelho, vai-se exibir e jantar.
Para ti, isso é normal, não há que apontar,
Porque protege o construtor, teu protegido eleito;
Mas se é o burro, é logo um pecado perfeito,
E a tua coerência decide hibernar.
Um independente não concorre “contra” ninguém,
Mas por um programa que o povo quer e tem;
Tal conceito, no teu verbo, é ficção barata.
Mas que esperar de quem a lógica esquece,
E só a sanha e a mágoa lhe aquece,
Quando não recebeu o tacho que sonhava na data?"

 IV

Chamas-lhe oportunista, mas nunca consegues dizer
Que cargo tomou, que benesse guardou;
E o que mais incomoda é que ele nunca precisou
De vender a alma para no jogo vencer.
Tu, que sempre à sombra soubeste viver,
Vasculhas no passado, mas nada encontraste;
No presente, o que fez, não ousas contestar,
Porque a obra que deixou é difícil de esquecer.
Enquanto isso, o construtor, que tu defendes,
Quatro anos passou e nada de novo aprendes;
Nem um plano urbano digno de se mostrar.
Só descarrilou prazos, custos e paredes,
E tu, fiel guardião das mesmas redes,
Assobias para o lado para o não incomodar.
V
O teu texto, sabichão, é um espelho rachado:
Reflete virtude que nunca soubeste ter;
Criticas a ambição quando é alheia a crescer,
Mas nunca a tua fome de cargo dourado.
Chamaste-lhe traidor, canalha, mal-educado,
Mas nunca provaste o mal que ele fez;
Apenas não dobrou ao peso do xadrez
Maçónico que em Olhão governa o mercado.
E, ironia, acusas de se agarrar ao lugar,
Quando tu, sem voto, o teu soubeste segurar
Num parlamento distante que te paga a vida.
Ressabiado, queres que todos te sigam a lei,
Mas esqueces que quem pensa por si é rei,
Mesmo que a tua mágoa nunca o permita.
VI
Dizes que o burro é fraco, mas não tens argumento,
Só adjetivos gastos de raiva e despeito;
Não falas das festas que, no seu feito,
Foram o que salvou o mandato em andamento.
Enquanto outros pelouros caíram no tormento,
O dele foi eficaz, no povo foi eleito;
E por isso a manita, de medo perfeito,
Tratou de o afastar do seu parlamento.
Tens a coragem de falar em coerência,
Quando em ti só se nota a obediência
Ao mestre construtor e ao seu balcão.
Mas cala-te sobre contratos e sociedades,
Que no urbanismo geram vontades,
E valem mais que qualquer eleição.
VII
O teu ódio é pessoal, nem tentas esconder;
Vem do dia em que viste o teu nome preterido;
Desde então, és pregador ressentido,
Contra quem ousa sozinho sobreviver.
Não percebes que há quem não queira depender
De cordas maçónicas nem de mestre querido;
Que o seu projeto não nasceu vendido,
E não precisa do teu aval para vencer.
Dizes que és livre, mas nunca te rebelaste;
Que criticas, mas nunca abandonaste
A ceia onde sempre tens o teu lugar.
E eu pergunto: que liberdade é essa,
Se a tua voz, quando aperta a pressa,
Corre sempre para quem te pode pagar?
VIII
Há ironia em te ouvir falar de integridade,
Quando passaste por ritos que negam razão;
Vendeste o pensar pela mão na mão,
E agora falas de honra e de lealdade.
O burro não dobrou, essa é a verdade,
E foi isso que te acende a indignação;
Porque sabes que não compra nem vende o coração,
E não precisa da tua fraternidade.
Enquanto isso, o construtor, que tanto amparas,
Joga às obras falhadas e promessas raras,
E tu finges que nada há para apontar.
Mas quando é para bater no que é independente,
A tua pena torna-se eloquente,
E a tua raiva, impossível de disfarçar.
IX
De que tens medo, sabichão do kilt?
Que o povo veja que a história não cola?
Que entenda que o burro não se enrola
No pano maçónico nem no jogo vil?
Tens raiva de quem não se fez servil,
De quem não se curva à mesma escola;
De quem, sem tacho, a sua rota controla,
E ainda assim carrega o fardo civil.
Tu, que nunca ganhaste sem benesse,
Que só criticas quando convém que acontecesse,
E nunca olhas para o lado que te dá de comer.
Segue no teu púlpito de moral fingida,
Que o povo já sabe, e de longa vida,
Que quem cala o construtor não merece valer
 
 
 Mote

"sabes por quê ca nã te bloquiei ainda? Por cá ca'sim as pessoas conseguem ver o tipe da pessoas ca seguem outras pessoas, ou quem sabe as pessoas sejam elas mesmas. Mas no funde tu sabes, quê meme nã sabendes quem eu sou, que eu sei muite que tu nã sabes nada."
 
 
Rabecada 

"I
Já não te ris, Caíque mascarado,
Que em bonecos pintados escondes mão;
Desvendei-te o fado, a real missão,
E o casco range, pobre e escorado.
Dizias-te isento, puro, honrado,
Mas ladras ao sopro do teu patrão;
Inventas rancor, sem prova ou razão,
E serves-te apenas do verbo afi nado.
Sabemos quem és, que porto te guia,
Qual é a agenda que o casco sustenta,
E o ouro salgado que o casco vigia.
No mar da mentira, a verdade rebenta,
E o barco que ri já perdeu a alegria:
Vai à deriva com vela sedenta.
II
Ficou-te a verve presa e encurtada,
Tremem as linhas, tropeça a expressão;
A tua ironia perdeu-se em tensão,
E a raiva que sobra é já disfarçada.
Dizes saber muito, ó boca dourada,
Mas nunca um só facto traz à lição;
És vento que sopra sem rota ou timão,
É casco sem quilha, promessa afogada.
Se o “burro” te assusta, diz que delito
Cometeu no cais desta tua vingança,
Ou teme o teu casco o mar infinito.
Não há no teu tom mais que petulança,
E o sábio que rosna, no seu próprio grito,
Afunda o seu riso na mesma balança.
III
Agora ameaças, com dedo a tremer,
Cortar o convés e fechar a escotilha;
Como se o silêncio pudesse valer
Contra a tempestade que a proa partilha.
Não é por respeito que queres ceder,
Mas medo que a capa se rompa e se empilha;
Fugir é teu lema, negar é teu ser,
No cais da mentira a âncora brilha.
Bloqueia, Caíque, e afunda depressa,
Pois o mar não espera quem foge da rota;
O casco que range já nada começa.
E lembra-te, amigo, que a onda remota
Não cala o destino, só mostra a promessa:
Quem foge da luta já perde a frota."


O Fado da Pré - Campanha

Fado Em Alvalade, Pintura por Vitor Pisco | ArtMajeur
Pintura de Vasco Pisco

  

A pré - campanha eleitoral na nossa terra assemelha-se perturbadoramente a uma noite de fado vadio de outros tempos: fadistas anónimos,cada um canta como sabe, reage-se mal às críticas e aos apupos e o ponto alto são as desgarradas. Os instrumentistas tentam acompanhar os desafinados ou fora de tempo, suando as estopinhas para não sair do figurino. O público ergue a voz nos refrãos mais conhecidos, bate palmas nos compassos de espera e grita - Ah! Boca Linda! se o final do fado foi a contento. 

No meio de tanta nota, chouriça assada e copos de vinho tinto aparece sempre um intelectual arredado da sociedade, carregado de amargura, mas filosoficamente certo e correto que faz questão de pôr tudo na ordem, declamando palavras intensas que escorrem dos seus versos rejeitados pelo poder, por conter verdades inabaláveis. Aqui, o público divide-se. Ora se emociona pelo conteúdo, ora se enfurece pela bastardia das palavras. Alvoroço na audiência. O intelectual, qual embuçado régio, sai, contemplando já a próxima intervenção. Quem será o audaz? Quem será o provocador?

Não ando longe da verdade com semelhante comparação. Basta frequentar a rede social do livro.  Cada vez mais perfis, cada vez mais falsos. Ninguém dá a cara. O jogo do gato e do rato tomou conta da noite de fados vadios.

domingo, 10 de agosto de 2025

Recomeçar

 

 

RTP1 - Mira técnica 1959

 

 Este espaço esteve em confinamento durante quatro anos. Muita água correu nos rios, muitas ondas chegaram às praias, muitos barcos partiram, muitos barcos chegaram.

Os blogues levaram o mesmo destino que as ruas da Barreta: os moradores pouco ou nada têm a ver com os antigos, é alojamento local, nómadas digitais...

Nestes quatro anos, as redes sociais deram uma abada aos blogues. Mas, tal como o peixe que ao fim de três dias enjoa, estou enjoado de tanta fake news, tanta inteligência artificial, tanto insulto, tanta manobra.

Aqui reina a calmaria. Vou  ficar.

A gerência é a mesma, a firma é que se atualizou. Mas continuamos xarengádes.  

As eleições autárquicas estão à porta e as consequências das alterações climáticas políticas já se fazem sentir. E há tanto por dizer! 

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

É Tudo Muito Bonito...

 Li numa rede social e não podia estar mais de acordo. Dizem que Olhão está bonito e ainda vai ficar mais... mas a beleza, seja do que for, tem que ser a uso dos antigos romanos: belo mas útil, para todos. 

Cada vez mais, a nossa cidade não é nossa. Está a crescer, a ter coisas diferentes, mas não é para todos. 

Vamos ler então:

OS OLHANENSES e o Vírus da cegueira.
 
Como será que os olhanenses veem um governante que enriquece no meio de ricos comparativamente com um governante que enriquece no meio de pobres.
Qual deles é mais honesto com a sua população, mais sensível com os necessitados, as suas queixas ou o desenvolvimento económico e social das suas vidas?
Se em ambos os casos a imagem é condenável, no segundo caso ela é bem pior ultrapassando o nível de repulsiva pelo facto de enriquecer explorando os que tem pouco por oposição dos que tem muito.
É verdadeiramente condenável e revoltante esta situação não é verdade?
Ora, neste sentido, porque parece que a população de Olhão na sua maioria não é rica comparativamente a outras cidades do país e a outros países, porque é que os olhanenses na sua maioria não se questionam sobre a riqueza exposta e a oculta dos seus governantes, dos seus negócios com o dinheiros públicos e/ou através daqueles a quem se compadriam?
Sim porque parece que não são os olhanenses que estarão envolvidos na “modernização da frente”, na expansão hoteleira industrial, no nascimento de arquitetura exclusiva para bolsas avultadas em territórios públicos de qualidade superior vendidos ao desbarato, na expansão da marina privada e afins, nos jardins pobres de identidade, de utilidade e funcionalidade mas ricos em pseudo-modernismo, e esterilidade, nos edifícios incaracterísticos que vão surgindo e nas mais variadas intervenções que sistematicamente tem contribuído para destruir a entidade local, gentrificação da baixa, deslocação de pescadores e atividades centenárias e tudo isto descaradamente substituído por um modernismo saloio, temperado pela saloiada dos espectáculos de rua e frenesins variados e a guetização dos bairros sociais limítrofes. A praga completa.
As questões fundamentais, População, arquitetura, cultura, artes e ofícios e desenvolvimento local sustentável em prol dos cidadãos e residentes é a última coisa a deduzir ou ver representadas nas recentes invenções ou ações do edil, senão prove-se o contrário.
Os mercados mais que uma vez estiveram à beira de lhes ser dado o mesmo final a que foram atirados muitos outros como o de Tavira e transformar-se num centro comercial de lojinhas de bugigangas em vez de lhe ser dado o merecido reconhecimento arquitetónico de referência urbanística e social, tanto no interior como na relação com toda a envolvente.
Os estacionamentos, em vez de resolução tem sistematicamente sido varridos para debaixo do tapete ou merecido soluções sem energia, resultado e eficiência para resolver de vez com inteligência e bom senso um dos maiores senão o maior problema da baixa.
O mesmo se aplica ao sistema de águas residuais mais conhecido por “esgotos” e os problemas associados com as descargas diretas na Ria Formosa.
Os pescadores artesanais locais, estrategicamente tem sido demovidos primeiro de Poente dos Mercados para Nascente destes, depois de Nascente para a zona Poente do Porto de pesca e recentemente agraciados com instalações a Nascente do porto de pesca. Por este andar irão ser empurrados para Vila Real de Santo António que mais parece o que se pretende. Mas há que os agraciar no dia do pescador com honras estéreis que em nada os beneficiam economicamente mas que pelo menos os silencia convenientemente por uns tempos. Mas tudo isto tem uma explicação que tornaria esta exposição longa e aborrecida por isso deixemos isso para outro dia.
A reabilitação dos jardins da frente são de uma pobreza de espírito comovente pois não só não refletem o local, como em si próprios se resumem a um esforço de catálogo de momentos modernistas e “artísticos” completamente alheios à entidade local. A falta de brio e de paixão por aquilo que é a cultura local é o título máximo destas “intervenções”. A lista de defeitos por oposição à lista de defeitos é tão surpreendente como caricata mas como a utilização do cérebro tem sido delegada para a inutilidade, o resultado da grandiosidade do inútil está à vista e garante-se que ainda se irá ver melhor e cujos custos serão sempre suportados pelos mesmos, os pobres e os menos abastados.
A ineficácia dos organismos como a DRCA (Direção Regional de Cultura do Algarve) sobre o entendimento, valorização e proteção da cultura local é tão deprimente como caricata, já para não falar em ineficaz e tardia.
Em vez de se produzir riqueza coletiva, produz riqueza individual e cuidem-se todos aqueles que criticarem esta forma de governar.
Soluções concretas e objetivas há e envolvem toda a comunidade mas nada disso também se vê nos discursos da oposição cujas ideias pecam pela mesma falta de conhecimento científico destas matérias e a verdadeira percepção da validação evolutiva económica dos seus residentes. Evidentemente que não se divulgam aqui programas sob pena de fornecer conhecimento gratuito a quem não o merece.
É mais a estratégia de ter uns quantos assalariados nas redes sociais, a compra do silêncio dos opositores mais proeminentes, o fazer a vida impossível aos opositores e em geral de quem pretenda algo dos serviços municipais, as festarolas pimba, os retoques cosméticos típicos da época das eleições, tudo a condizer com o nível intelectual das suas humildes, amedrontadas e maleáveis populações.
Pois meus caros aqui fica a questão de como será que os olhanenses veem os governantes que enriquece no meio de ricos, comparativamente com os governantes que enriquece no meio de pobres. Sim, porque que se saiba nenhum governante pretendeu até hoje atingir o poder para empobrecer.
 
Texto de João Afonso