quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O que é preciso é que falem...

Não sei se tinha que pedir alguma licença especial, mas não resisto a pôr aqui aquela parte da crónica da D. Rosete (sim, aquela senhora que fala na rádio, aquela que a brincar diz coisas muito sérias!) sobre a candidatura de Gonçalo Amaral à Câmara de Olhão:

Bom, vamos cá então ao que interessa: o que é que se passa com o PSD e os candidatos às câmaras municipais? Hum? O que é que se passa, expliquem-me lá?! Quer dizer, já não chegava o Santana Lopes para Lisboa e todos os problemas que foram arranjar à dona Manuela Ferreira Leite com isso, agora vão-me buscar o Gonçalo Amaral para Olhão?! O Gonçalo Amaral, o senhor que era da Judiciária, o da pequena Maddie!? Para Olhão? Olhem, se ele tivesse tido “olhão” tinha descoberto a menina e não tinha arranjado aqueles sarilhos todos com a imprensa inglesa, que o apanhou em certas e determinadas almoçaradas em preparos muitos mais próprios de um dirigente desportivo do que de um polícia! Pronto, está bem, escreveu um livro. Mas isso também o Miguel Sousa Tavares e eu ainda não vi ninguém a convidá-lo para a Câmara da Fuzeta!
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Mas o que mais me encanita no PSD e neste problema de escolher candidatos, é esta fixação que eles têm em escolher polícias especialistas em crimes. Primeiro foi o Moita Flores, para Santarém, agora é o Gonçalo Amaral, em Olhão... Já só falta irem para os municípios do Norte. Se bem que para aí, em alguns deles, um só polícia, mesmo que especialista em desaparecimentos, como o Gonçalo Amaral, não chega. Tem de ser uns seis ou sete por cada Câmara, só para perceber para onde é que se evaporou o dinheiro todo.
De qualquer modo, apoquenta-me tudo isto. E apoquenta-me sobretudo o futuro dos olhanenses. Porque isto de ter “ex-polícias especialistas em crimes que escrevem livros” à frente das edilidades já se sabe no que é que dá: muita crónica no jornal, muito comentário na TV, e trabalhinho lá no gabinete da câmara, viste-lo! Chapéu!


(http://tsf.sapo.pt/blogs/donarosete/archive/2009/01/14/gon-231-alo-amaral-em-olh-227-o.aspx)

Este último parágrafo tem muitas entrelinhas para se ler. É só querer!

Outra coisa boa de se ver foi a intervenção daqueles olhanenses sem medo no programa "Nós por cá" da SIC. Falaram direitinho sobre os atentados ao nosso cubismo.
O que não foi tão bonito, foi a recusa de quem de direito em apresentar explicações. À mulher de César não lhe basta ser séria, tem de parecê-lo!