quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cada vez mais xarengadzes

Hoje li isto no blogue de uma amiga. E se já andava preocupado com este rumo que nos está a atirar para o abismo do desemprego, da fome, do corte das reformas, dos cortes na saúde, do corte dos medicamentos nas doenças crónicas e degenerativas, fiquei pior, muito pior!

Já não sei o que é a Ética

A minha avó costumava dizer que "A consciência é verde, veio um burro e comeu-a".
Certamente que a Ética tem a mesma cor.
Por definição, a Ética ocupa-se da conduta humana do ponto de vista do Bem e do Mal. Daí não ter percebido logo à primeira esta notícia:

No seguimento da leitura e para tentar perceber  se o título condizia com o corpo da notícia, deparo-me com esta declaração:
 Miguel Oliveira da Silva afirmou que "não só é legítimo como, mais do que isso, desejável" porque "vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidados de saúde, todos terem acesso a tudo».
 Vindo de alguém que preside ao um Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), estas palavras são ofensivas à dignidade humana. Se um tal Conselho aceita como natural que nem todos tenham acesso ao mesmo tipo de cuidados de saúde, porque mais dois meses ou menos dois meses de vida é igual,  apetece-me dizer que  quando um dos seus membros ou familiares tiver algum problema semelhante, não vale a pena gastar dinheiro ao estado nem diminuir as suas heranças em clínicas particulares, basta dirigir-se ao penhasco mais próximo!
Estas são letras de grande descontentamto. É demasiado orwelliano para ser a sério! Quantos milhares gastos em campanhas de Todos diferentes, todos iguais, Oportunidades iguais para todos, e agora , de repente, em nome de uma economia que borrou a pintura, debitam-se frases destas. É assustador!
Também a minha avó já dizia: "Muito tens, muito vales, nada tens, nada vales".

 
Ou isto leva uma grande volta ou qualquer dia não há cá ninguém para contar a história!

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